Agora é fato, estou no Acre. Aluguel, contrato, emprego, conhecidos, conta no banco e tudo o mais que precisamos para se sentir em "casa". Diferente? Pá, vai ser diferente assim lá em Cobija (município boliviano na divisa com o Acre onde o pessoal manda a ver na muamba, igual a Ciudad de Lest).É, são 3.700 KM de onde vim, lugar bom, um friozinho gostoso a noite e quando muito uns 30 graus. Aqui? 34 agora, quando está ameno, de agosto a fevereiro já me prometeram 42 na sombra. Não sei se acredito, mas ar-condicionado não é artigo de luxo, e sim necessidade.
Terra de Chico Mendes, adorado em cada esquina, camisetas, adesivos e na lembrança do povo. Emancipado há 46 anos, essa mesma terra, antes pertencente a Bolívia, e comprada, dizem que nunca paga, agora é onde resido.
Se gostei? Confesso que na primeira semana achei deplorável, com falta de infra-estrutura, alguns locais sem água, e um serviço no comércio digno de pena, sem o menor treinamento básico. Mas agora comecei a me acostumar no trabalho e cidade. Conheci gente de minha terra, até churrasco frequentei. Gente boa, que passou pelo mesmos problemas em conseguir uma casa e progredir por aqui.
O que posso prever daqui em diante é muito pouco, o óbvio. Trabalhar bastante e conseguir um espaço, da mesma forma que venho fazendo desde que me entendo por gente. Afinal, é longe, diferente, mas estou aqui, e agora é fazer o melhor para conseguir alguma coisa boa para o futuro.
1 comment:
E você vai conseguir porque é competente. Em breve estarei aí, definitivamente, compartilhando a sua vida no Acre, passando calor, implorando para comprar nas lojas e sentindo saudades de casa. No entanto, é isso que temos daqui pra frente, e é assim que seremos felizes.
Um brinde ao Acre!
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